sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dilma publica no seu blog artigo sobre o Dia da Terra, comemorado na quinta-feira (22)

Por Dilma Rousseff
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Hoje (22 de abril) é o Dia da Terra. No mundo inteiro pessoas e organizações se mobilizam em torno de uma questão que se tornou fundamental para o presente e o futuro: a conservação do planeta, de nosso meio ambiente, da biodiversidade.

O Brasil tem dado uma grande contribuição no combate ao aquecimento global, um desafio do nosso tempo. Superá-lo exige um esforço compartilhado, coerente com as responsabilidades e possibilidades de cada país.

Na Conferência do Clima, em Copenhague, em 2009, assumimos voluntariamente a meta de reduzir, até 2020, entre 36% e 39%, as emissões de gases que provocam o efeito estufa, e também em 80% o desmatamento na Amazônia e em 40% no cerrado. É uma das metas mais ambiciosas assumidas por um país. Vamos cumpri-la.

Nenhum outro país avançou tanto na utilização de fontes de energia renováveis, limpas, como o nosso. Mais de 46% de toda a energia consumida no Brasil provêm de usinas hidrelétricas e da utilização de biomassa.

Estamos vencendo a luta contra o desmatamento da Amazônia. No governo do presidente Lula, o tamanho da área deflorestada vem caindo ano após ano, até alcançarmos o recorde de 75% de redução no ano passado.

Estamos provando que é possível fazer o país crescer e desenvolver-se, social e economicamente, respeitando o meio ambiente. Nessa matéria ninguém pode nos dar lições. No Brasil, sabemos amar e respeitar a natureza em que vivemos.

Neste dia compartilho com vocês o poema "O Animal da Floresta" de Thiago de Mello:

De madeira lilás (ninguém me crê)
se fez meu coração. Espécie escassa
de cedro, pela cor e porque abriga
em seu âmago a morte que o ameaça.
Madeira dói?, pergunta quem me vê
os braços verdes, os olhos cheios de asas.
Por mim responde a luz do amanhecer
que recobre de escamas esmaltadas
as águas densas que me deram raça
e cantam nas raízes do meu ser.
No crepúsculo estou da ribanceira
entre as estrelas e o chão que me abençoa
as nervuras.
Já não faz mal que doa
meu bravo coração de água e madeira

Texto publicado em: www.dilmanaweb.com.br

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