domingo, 15 de novembro de 2009

Repercute nos blogs do Brasil: FHC leva 18 anos para reconhecer filho e Folha faz dele um bom caráter.

Por Paulo Henrique Amorim.

A relação amorosa do Senador Fernando Henrique Cardoso com a jornalista da Globo Miriam Dutra era pública e sem recato. Sempre se soube que tiveram um filho. Nenhum órgão do PiG (Partido da Imprensa Golpista) tratou de Thomas ( filho de FHC com a jornalista), em dezoito anos. O argumento – inclusive o da Folha de São Paulo – era comovente: como nenhum dos dois confessa, não é verdade. O PiG blindou o campeão da Moral e dos Bons Costumes (FHC)

O furo (?) de reportagem Bergamo é de levar o leitor às lágrimas. Fernando Henrique aparece como um pai pródigo e generoso, que deu ao filho uma educação exemplar (no exterior). A jornalista, agora, virtuosa, toma a iniciativa de pedir à Globo para se afastar do pai de seu filho e ir trabalhar fora do país. A Globo, também altruísta, entende o drama por que passava a memorável repórter e a transfere para um posto de sacrifício: Barcelona.

Coincidentemente, por essa mesma época, o ex-senador resolve se candidatar à Presidência e lá fica por oito anos. Quando, tomado pela afanosa (fadigosa) tarefa de governar o país, não tinha tempo de reconhecer o Thomas (seu filho). Passaram-se os anos, a Globo “reconheceu” o trabalho profícuo da infatigável jornalista e a deslocou para Londres e, agora, Madrid.

Agora que o Farol de Alexandria (FHC) começa a apagar, quando diminui a possibilidade de voltar ao poder, por conta própria, ou pela mão de pseudo-aliados, o pai reconhece o filho. É “comovente”. A mãe e o pai saem da história da Bergamo como se fossem a Maria e José numa versão pós-moderna. Os que saem mal da história da Bergamo são o Thomas e a Dona Ruth. A Dona Ruth, porque deveria saber o que todo mundo sabia, e dançou o minueto da dissimulação. E Thomas, porque teve a ousadia de nascer.

Confira a matéria na íntegra no Blog Conversa Afiada

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