sábado, 27 de dezembro de 2008

Poema: O circo

Depois de uma curiosa noite em Belém lá vai o poema O Circo, de Sidney Miller, para a gente refletir:

Vai, vai , vai começar a brincadeira
Que a charanga vai tocar a noite inteira
Vem, vem , vem, ver o circo de verdade
Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.(?)

Que o Zézinho do trombone
De renome consagrado
Esquecia o próprio nome
E abraçava o microfone

Faço versos pro palhaço
Que na vida já foi tudo
Foi soldado, seresteiro
Carpinteiro, vagabundo

De chicote e cara feia
Domador fica mais forte
Meia-volta, volta e meia
Meia vida, meia morte

Mas findado seu batente
De repente a fera some
Domador que era valente
Noutra esfera se consome

Fala o fole da sanfona
Fala a flauta pequenina
Que o melhor vai vir agora
Que desponta a bailarina

Que seu porte é de senhora
Que seu rosto é de menina
Quem chorava já não chora
Quem cantava desafina

Vai vai vai terminar a brincadeira
Que a charanga já tocou a noite inteira
Morre o circo renasce na lembrança
Foi-se o tempo e eu ainda era criança.

Autor: Sidney Miller

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