quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Consciência de Igualdade



Cor da resistência

Que o céu pincelou

No arco-íris da raça humana

Que a terra desenhou


Dos palmares zumbidos ecoaram

Sons banhados pela liberdade

De um povo sedento de vida

De um povo sedento de igualdade


Canaviais do amargo suor

Misturado na bebida branca do poder

Que a senzala não podia desfrutar

Do doce branco que fez nascer


Troncos manchados de sangue

Dos cruéis chicotes da opressão

Transformados em hastes de resistência

Encravando a bandeira da libertação


Mulher de negra beleza

Do branco olhar iluminador

Diamante negro almejado

Que o Criador lapidou


Mães pretas guardavam no ventre

Filhos com a esperança do viver

Apesar das dores e lágrimas caídas

No sofrimento a certeza do renascer


Tempo branco da humanidade

Que desumanos escravizou

Negro e livre homem

A escravidão não o derrotou


Correntes da Casa Grande

Correntes do poder

Corrente neoliberal

Corrente a se desfazer


Consciência apelando às consciências

Do negro, do índio e do branco

Somos todos iguais

Somos todos humanos.


Autor: Júnior Miranda



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